Revolução Silenciosa: Como está ocorrendo uma transformação socialista sem alarde.
Revolução Silenciosa: Como está ocorrendo uma transformação socialista sem alarde.
Vivemos tempos em que as grandes transformações sociais não ocorrem mais por meio de rupturas violentas ou declarações explícitas de revolução. Em vez disso, assistimos à construção lenta e silenciosa de uma nova ordem: uma revolução socialista dentro de um sistema democrático, muitas vezes sem que a população perceba.
Essa mudança ocorre de maneira quase imperceptível, impulsionada por um Estado cada vez mais interventor, que substitui a meritocracia e a liberdade produtiva por um modelo estatizante. Em vez de promover a qualificação e a independência econômica dos cidadãos, o Estado tem induzido grande parte da população à dependência assistencialista, mantendo faixas de renda estagnadas.
O Brasil se tornou exemplo dessa dinâmica. Embora ofereça educação gratuita até a universidade, essa estrutura não tem sido suficiente para promover verdadeira mobilidade social. O que se observa é a criação de legiões de pessoas que sobrevivem com base em programas de assistência do governo, programas esses que, em sua essência, não visam emancipar, mas manter o controle social.
Enquanto isso, a cultura do empreendedorismo e da inovação vai sendo sufocada por uma máquina estatal pesada e ineficiente. A alta carga tributária inibe o crescimento empresarial e desestimula o investimento. Em contrapartida, cresce o desejo de estabilidade através do funcionalismo público, visto por muitos como única alternativa viável de sobrevivência econômica.
O resultado é a centralização do poder econômico e social nas mãos do Estado, que passa a ditar o rumo da economia, das carreiras e até mesmo do pensamento político. A liberdade, nesse cenário, vai sendo trocada por segurança ilusória, e a autonomia individual vai sendo substituída por um conformismo coletivo.
Essa "revolução" não se faz com bandeiras vermelhas ou discursos inflamados. Ela se faz com leis, programas sociais e uma narrativa que coloca o Estado como único salvador. No entanto, toda sociedade que negligencia a liberdade em troca de proteção corre o risco de perder ambas.
O caminho para reverter essa tendência começa pela base: pela educação de qualidade, voltada à liberdade de pensamento, à capacitação profissional e ao desenvolvimento da consciência crítica. Somente assim será possível romper esse ciclo e devolver ao cidadão o protagonismo sobre sua vida e seu futuro.
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