Não é o que você publica, é sobre quem publica o que foi publicado.

Essa frase — "não é o que você publica, é sobre quem publica o que foi publicado" — traz à tona uma reflexão profunda sobre o poder da autoria, da influência e da percepção social na era da informação.

1. Autoridade e Credibilidade

Em um mundo inundado por dados e opiniões, o conteúdo por si só muitas vezes não tem tanta força quanto quem o transmite. Uma mesma ideia pode ser ignorada quando dita por alguém anônimo e aplaudida quando dita por uma figura pública ou uma autoridade. Isso revela o peso que damos à reputação e ao "capital simbólico" do autor.

2. Influência e Manipulação

Essa reflexão também nos alerta para a manipulação de narrativas. Quando alguém com poder, prestígio ou grande audiência publica algo, isso molda a forma como o conteúdo será interpretado, aceito ou questionado. O que foi dito pode até ser duvidoso ou raso, mas vindo de uma fonte "reconhecida", ganha status de verdade.

3. O risco da superficialidade

Vivemos tempos em que a forma muitas vezes se sobrepõe ao conteúdo. Likes, seguidores e curtidas tornam-se indicadores de verdade ou qualidade, mesmo quando o que foi publicado carece de profundidade. O nome por trás da publicação pode ditar tendências, opiniões e até decisões políticas ou sociais.

4. Responsabilidade e Consciência

Por fim, essa frase nos convida a refletir sobre a responsabilidade de quem publica. A visibilidade amplifica o impacto. Logo, quem tem voz deve usá-la com consciência. Publicar algo vai além de expressar opinião — é assumir um papel ativo na construção (ou destruição) de ideias, imagens e valores.

Conclusão:

Mais do que avaliar apenas o conteúdo, precisamos desenvolver um olhar crítico sobre quem está dizendo o quê, por que está dizendo e com que intenção. Assim, equilibramos o peso da autoria com a importância da verdade e da ética na comunicação.