Lula ataca Eduardo Bolsonaro e defende Moraes: quem está realmente ameaçando a democracia?
Eldorado, 3 de junho de 2025 — Em mais um episódio preocupante para a liberdade de expressão e o equilíbrio entre os Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chamando sua atuação de “terrorista”. O motivo? O parlamentar tem denunciado abusos de autoridade cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em fóruns internacionais.
Lula não economizou palavras para defender Moraes — justamente o ministro que concentra processos, investigações e medidas polêmicas contra opositores do governo. Durante uma entrevista no Palácio do Planalto, Lula afirmou que Eduardo estaria “sabendo de tudo e fazendo articulações internacionais para prejudicar o Brasil”, e chegou a afirmar que isso seria “terrorismo político”.
Mas o que realmente está em jogo aqui?
Eduardo Bolsonaro tem feito alertas consistentes sobre o avanço autoritário do Judiciário brasileiro, especialmente na figura de Alexandre de Moraes. O ministro já mandou prender parlamentares, censurar redes sociais e bloquear contas bancárias de cidadãos sem o devido processo legal — tudo em nome de um suposto combate à “desinformação” e aos “atos antidemocráticos”.
Agora, por buscar apoio internacional para expor esses abusos, Eduardo é chamado de “terrorista” por Lula. Um exagero grotesco ou uma tentativa deliberada de intimidar qualquer voz dissonante?
A blindagem de Moraes
Ao defender Moraes com tanto fervor, Lula ignora um debate fundamental: até onde vai o poder de um ministro do STF? E por que, em vez de ser fiscalizado, Moraes é blindado pelo Executivo e por parte do Congresso?
Enquanto isso, a população assiste perplexa a uma inversão de valores. Denunciar abusos se tornou crime. Criticar decisões judiciais virou sinônimo de atentado à democracia. E questionar o poder absoluto de Moraes virou “terrorismo”.
Em um país democrático, nenhum poder pode se colocar acima da lei — nem o Judiciário, nem o Executivo, nem o Legislativo. Mas parece que o Brasil de 2025 está flertando perigosamente com um modelo onde criticar o sistema é um ato “extremista” e “antipatriótico”.
O alerta de Eduardo
Eduardo Bolsonaro tem usado os canais disponíveis — nacionais e internacionais — para alertar sobre o que muitos já consideram um “estado policial judicial”. Reuniões com parlamentares americanos e entidades de direitos humanos buscam levantar questionamentos legítimos: o STF brasileiro está respeitando o devido processo legal? Há perseguição política disfarçada de justiça?
Chamar isso de “terrorismo” é não apenas irresponsável, mas uma tentativa de silenciar o debate por meio da intimidação verbal e institucional.
Quem realmente ameaça a democracia?
Se democracia é o respeito às regras, à pluralidade e à liberdade de expressão, então a perseguição a um deputado eleito por milhões de brasileiros, por exercer seu papel fiscalizador, é que deveria ser vista com preocupação. E quando o chefe do Executivo endossa essa perseguição com termos tão pesados quanto “terrorismo”, soa como uma escalada autoritária sem precedentes.
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