Duelo de gigantes: Trump x Musk

Em um confronto inesperado entre política e tecnologia, Donald Trump e Elon Musk protagonizam, em junho de 2025, um embate de repercussões globais. O que começou como uma aliança pragmática evoluiu para troca pública de farpas e ameaças reais — um “duelo” cujo impacto estende-se do Congresso a Wall Street.

🌩 O ponto de virada

Até recentemente, Musk era um aliado de peso: doou mais de US$ 288 milhões à campanha de Trump em 2024, o que lhe rendeu influência direta no governo e a co-criação do “Department of Government Efficiency” – o DOGE. No entanto, a relação ruiu na polêmica aprovação do "One Big Beautiful Bill Act", plano de gastos de Trump. Musk reagiu em público, chamando o projeto de "disgusting abomination" e criticando cortes em subsídios a veículos elétricos — ratings que incluíam incentivos que geravam créditos para a Tesla  .

💣 Escalada da crise

A resposta de Trump veio forte: ameaçou cortar bilhões em contratos e subsídios que beneficiam a Tesla, SpaceX e Starlink — estruturas que juntas valem mais de US$ 38 bilhões em incentivos federais  . Musk, por sua vez, chegou a anunciar a desativação da nave Dragon — peça-chave para a NASA e para abastecimento da Estação Espacial Internacional — antes de recuar  .

No front político-midiático, Trump revidou com ataques pessoais — chegou a chamar Musk de “big-time drug addict” e insinuou que o bilionário estaria associado ao consumo de cetamina. Musk, por sua vez, respondeu com ironias e emojis, debatendo a intensificação da “assassination character” e sugerindo a formação de um novo partido político, o “America Party”  .

📉 Consequências reativas

As repercussões econômicas foram imediatas: ações da Tesla caíram cerca de 15% — o que equivaleu a uma perda de US$ 34 bilhões em patrimônio de Musk — e os contratos com o governo federal passaram a ser alvo de reavaliação. Ao mesmo tempo, Musk emitiu alertas sobre o risco de recessão devido às políticas tarifárias de Trump  .

🤝 Um cessar-fogo tênue

Apesar da escalada, há sinais de trégua. Representantes trocaram telefonemas e ambos postaram votos públicos de "boa sorte" — porém Trump reiterou que não conversaria diretamente e que qualquer reaproximação caberia a Musk  .

🧐 O que está em jogo

Para Trump: manter a sua agenda de gastos e cortes, reforçar sua liderança e demonstrar força política. Controlar contratos federais é uma ferramenta poderosa em seu arsenal.

Para Musk: preservar subsídios e contratos federais que sustentam suas empresas (Tesla, SpaceX, Starlink), manter sua influência global e evitar novas perdas de mercado.

Para o público e o país: o episódio expõe a fragilidade de privatizar serviços estratégicos — como o Dragon e o Starlink — quando decisões pessoais afetam infraestrutura nacional  .

🔍 Em resumo

O embate Trump x Musk transcende meras disputas pessoais. É um choque entre poder político e tecnológico, entre governos e megaempresas, com efeitos práticos na economia, na política e na governança global. A pergunta que fica: seremos reféns de “duelos de gigantes” nas decisões que moldam nosso futuro?