Justiça ou piada? Humorista é condenado por "humor sem graça" O comediante Leo Lins, de 42 anos, foi condenado a nada menos que oito anos e três meses de prisão. Não, ele não assaltou um banco, nem derrubou um drone no Planalto — ele fez piada. Isso mesmo: piada. Daquelas que você pode rir, pode odiar, pode cancelar no Twitter... ou, agora, pode mandar alguém pra cadeia. A decisão veio da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que também determinou que Lins pague multa e indenização por danos morais coletivos. E sim, ainda cabe recurso — o que é bom, já que o próximo especial dele talvez se chame Stand-up no Presídio. O show em questão, chamado Perturbador, foi publicado na internet e, segundo a Justiça, continha declarações preconceituosas contra praticamente todo mundo: negros, obesos, idosos, pessoas com HIV, indígenas, homossexuais, judeus, nordestinos, evangélicos e pessoas com deficiência. Faltou só zoar a própria Justiça pra fechar o bingo. O vídeo tinha cerca de 3 milhões de visualizações antes de ser removido do YouTube em agosto de 2023 por ordem judicial. Se a intenção era evitar que mais gente ouvisse as piadas, agora é tarde — com essa condenação, metade do Brasil vai querer saber o que ele disse de tão perigoso que vale quase uma década de cadeia. Agora fica a pergunta que não quer calar: será que a justiça está sendo justa? Quando um humorista é preso por fazer piada — por mais de mau gosto que seja — será que estamos protegendo a sociedade ou matando o próprio conceito de liberdade artística? No fim das contas, o humor pode até ser sem graça. Mas será que cadeia é mesmo a punchline certa?
Justiça ou piada? Humorista é condenado por "humor sem graça"
O comediante Leo Lins, de 42 anos, foi condenado a nada menos que oito anos e três meses de prisão. Não, ele não assaltou um banco, nem derrubou um drone no Planalto — ele fez piada. Isso mesmo: piada. Daquelas que você pode rir, pode odiar, pode cancelar no Twitter... ou, agora, pode mandar alguém pra cadeia.
A decisão veio da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que também determinou que Lins pague multa e indenização por danos morais coletivos. E sim, ainda cabe recurso — o que é bom, já que o próximo especial dele talvez se chame Stand-up no Presídio.
O show em questão, chamado Perturbador, foi publicado na internet e, segundo a Justiça, continha declarações preconceituosas contra praticamente todo mundo: negros, obesos, idosos, pessoas com HIV, indígenas, homossexuais, judeus, nordestinos, evangélicos e pessoas com deficiência. Faltou só zoar a própria Justiça pra fechar o bingo.
O vídeo tinha cerca de 3 milhões de visualizações antes de ser removido do YouTube em agosto de 2023 por ordem judicial. Se a intenção era evitar que mais gente ouvisse as piadas, agora é tarde — com essa condenação, metade do Brasil vai querer saber o que ele disse de tão perigoso que vale quase uma década de cadeia.
Agora fica a pergunta que não quer calar: será que a justiça está sendo justa?
Quando um humorista é preso por fazer piada — por mais de mau gosto que seja — será que estamos protegendo a sociedade ou matando o próprio conceito de liberdade artística?
No fim das contas, o humor pode até ser sem graça. Mas será que cadeia é mesmo a punchline certa?
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